terça-feira, 2 de maio de 2017

CIRCUITO LAGAMAR - DIA 2 - 30/04/2017

Após uma noite razoavelmente dormida, isso porque havia muito barulho na rua, descemos às 06h30 para o desjejum. O café foi simples, mas tinha o básico que precisávamos: banana, bolo, pão e café com leite. 


Como o hotel fica em frente a um supermercado, compramos o que precisaríamos para hoje no dia anterior: água, pão e frios. Às 07h30 estávamos todos lá fora, ajeitando os alforges para partir. 


Infelizmente, quando acordamos, estava garoando. Chegamos a pensar que sairíamos debaixo de chuva... mas, para nossa alegria, às 08h30 quando partimos do hotel a chuva já havia parado. 



É preciso ter bastante atenção na saída de Pariquera-Açu. Assim que termina o trecho urbano, o caminho segue pela esquerda (veja a placa indicando Jacupiranga). Não há nenhuma sinalização do circuito por aqui, por isso, é fácil confundir e seguir reto. A rodovia a esquerda chama-se José Redis. Caso siga em frente, sairá na BR-116. 



São 14 km nesta rodovia, sem acostamento. Talvez por ser domingo de manhã,  não havia praticamente movimento algum. Mesmo assim, é bom ter muita atenção. 


Amo foto de reflexo em água! No período da manhã, costuma ser o melhor horário para conseguir boas fotos, por não ter vento. Quando vi este local, me chamou atenção. 


Em poucos quilômetros, passamos por mais uma placa informando a divisa entre municípios. 


E seguimos em frente... nós, o asfalto e a brisa da manhã!



Para nossa alegria, no meio do caminho, o tempo começou a melhorar! O sol até apareceu, de forma meio tímida...



Em aproximadamente 1h00 de viagem, chegamos a cidade de Jacupiranga. 


Subimos a passarela, sobre a BR-116, e seguimos em direção ao centro da cidade. 


Ali, em frente a Igreja Matriz, fotografamos mais uma placa diretório - Trecho 4 - Jacupiranga a Cananéia. 




Fomos até a padaria Pão & Cia tomar um café expresso e pegar o carimbo no Passaporte. Fomos muito bem recebidos ali... recomendo!


Após os registros, voltamos para a passarela e seguimos em direção a SP-193, Estrada do Canha. 






no trecho a seguir, há uma pequena ciclovia por onde seguimos mais protegidos! Só faz-se necessário prestar atenção já que, numa bifurcação, a ciclovia segue a direita e nós temos que ir para a esquerda


Uns 2 km após sair do centro (16 km no total do dia) inicia-se uma estrada de terra. A Estrada do Canha faz parte das antigas Rota Peabiru, aberta por índios que seguiam de alguns pontos do litoral brasileiro (São Vicente/Cananéia) até Cusco, no Peru. Tais rotas, com aproximadamente 3.000 km, podem ter sido abertas pelos Incas, na tentativa de contato com índios daqui, fazer comércio ou trazer sua cultura até os povos da costa do Oceano Atlântico. Quando penso que por aqui passaram índios, colonizadores, tropeiros e bandeirantes me sinto instigada, como se fizesse parte disso tudo! Isso transforma o caminho em algo ainda mais interessante!  



A estrada de terra está em ótimas condições, o que facilita bastante a pedalada. 


Há algumas casas no início, mas logo fica desabitado. Não há comércios em sua extensão, por isso, carregue bastante água e coisas para comer (ou leve a Mari com você, rsrs). 



Gosto de pensar em algumas fotos e procurar o local ideal para fazê-las. Assim que vejo a entrada, ao lado da rua sinuosa, imagino ser o local ideal para a foto que estava idealizando...


Por isso, peço que meus amigos aguardem posicionar a câmera, para fazer o registro de todos juntos. Exatamente nesta hora, passou um carro por nós, com um casal muito simpático. Eles se ofereceram para fazer a foto do grupo... aceitamos na hora!



Agradecemos e nos despedimos. Infelizmente, não fiz nenhuma foto deles... 

O caminho continuou muito bonito e arborizado. Neste trajeto, há algumas pequenas subidas e descidas, nada muito importante, mas é um pouco mais exigente que o dia anterior. 


A Fazenda Santa Luzia é muito bonita! Vale a pena uns minutos parados para contemplação.


Seguimos conversando sobre projetos cicloturísticos futuros. São muitos caminhos a serem percorridos!


Em alguns momentos o caminho abre clareiras que nos permite olhar paisagens mais distantes... é muito lindo!


E assim seguimos pedalando, fotografando e meditando. 




De repente, somos ultrapassados por uma senhora de bike... detalhe: bike de ferro, sem marchas, caça jeans e super carregada. 


Pedalo mais rápido para acompanhá-la e descubro que ela é tipo uma mascate, ou seja, uma viajante que vende roupas na comunidade. Fico emocionada quando ela me conta isso... pergunto a ela se tem ideia de quantos quilos tem na bike, mas ela apenas sorri e diz: 'Não sei... mas amo fazer isso, então não acho pesado.' Sorrio de volta e desejo um bom dia de vendas pra ela! Assim que terminamos a conversa, ela entra em um sítio e é recebida pela dona da casa, de forma simpática. 

Vejo em outra reta mais uma oportunidade de foto! Peço que meus amigos aguardem enquanto coloco a câmera do chão. Tentamos sair todos na mesma hora, mas é quase impossível... foram várias tentativas e essa foi a melhor foto. Pensei em tentar mais algumas vezes, mas temi ser linchada por eles. 


A fome já nos rondava quando sugeri que esperássemos para comer na cachoeira do Pitu, um atrativo anexo. Todos concordaram.




Enquanto a cachoeira não chegava, aproveitávamos as lindas paisagens para fazer nossos registros!







Alemão desenvolveu uma certa amizade com o Burrinho Bisonho. Após muita conversa, Bisonho decidiu levantar e posar para nossa foto. (ele era mais bonitinho pessoalmente)


E agora, a foto da galerinha pulando a cerca!





Me chamou atenção a entrada desta fazenda... criativa!


Reza a lenda que, ao avistar essa placa necessita-se gritar: CANANÉIA, caso contrário você pode errar o caminho! O Alemão levou a lenda a sério e decidiu gritar durante a foto. 


O clima permanecia instável... as vezes caia uma garoa fina. Mas era rápido e nem chegava a molhar de forma significativa.

Em uma das únicas descidas do caminho inteiro, abre-se mais um visual incrível que, é claro, rendeu mais algumas fotos. 






'Cadê a cachoeira?' 
'Ta chegando gente!'...


E finalmente, após 25km de Jacupiranga (39 km no dia) chegamos a tão aguardada placa: Cachoeira do Pitu!


A cachoeira fica há 1,7 km desta placa e é propriedade privada, portanto, se cobra a entrada. Apesar disso, é muito válido ir até lá, já que o caminho é tranquilo. Assim que entramos a direita, em direção a cachoeira, passamos por um barzinho. Ficamos na dúvida entre levar ou não um refri, para acompanhar o lanche que trouxemos... Achei que talvez pudesse ter algum bar nas imediações da cachoeira ou talvez não nos deixassem entrar com a bebida... por isso, não compramos.


Quando chegamos, havia uma placa dizendo que custo para entrar era de R$ 10,00... mas, como o rapaz percebeu que estávamos apenas de passagem, nos deu um desconto de 50%. 


Dentro da propriedade, passamos por uma estreita ponte para chegar na cachoeira.



Enfim, chegamos! 


A Cachoeira do Pitu está localizada há 13 km de Cananéia, na Comunidade de Itapitangui, onde há uma grande concentração de mata atlântica. O local faz parte de uma antiga região de mineração. Considerada uma cachoeira bem urbanizada, devido a seu fácil acesso, possui uma grande piscina natural e locais para preparação de piquenique ou refeições rápidas. Em algumas épocas do ano, podem ter muitas mutucas, o que pode incomodar. Por isso, leve um repelente.  

Aproveitamos que haviam poucas pessoas na água e fizemos alguns registros do belo local. 






Após a sessão fotos, sentamos para comer o lanchinho preparado no dia anterior. Infelizmente não havia refri aqui... então, não tivemos bebida para acompanhar. 


Uma última pausa, para contemplação... 


e... 
partiu Cananéia! 




Valeu ai, até logo!



Na volta tomamos o refri na mercearia, que passamos há pouco, e seguimos viagem. 

Após uns 3 km, chegamos no Bairro Itapitangui, onde tem alguns comércios. 


Seguimos em frente e chegamos numa rodovia asfaltada, SP-226. Passamos também pelo bairro Cubatão e enfim, chegamos a um momento aguardado com carinho: atravessar para Cananéia, via Balsa. 



Tenho uma grande amiga que mora em Cananéia! Sempre que venho para cá, faço questão de vê-la. Assim que meu celular passou a ter sinal, mandei uma mensagem para avisá-la de que estávamos chegando. E, para minha alegria, ela chegou junto com a balsa!





Conheci Silvana por conta de nossas aventuras... embora seja uma pessoa que eu veja pouco pessoalmente, mantemos um contato, quase diário, virtualmente. Temos um grande carinho, uma pela outra, e sempre que nos reencontramos é uma emoção. 

A balsa partiu para a outra margem e logo desembarcamos. 



Seguimos em direção Cananéia, que está bem próximo da balsa. E é claro que rolou aquele selfie, na entrada da cidade!


Fomos para a Pousada Coqueiro, onde ficamos hospedados todos no mesmo quarto, estilo albergue. Como só tínhamos 1 banheiro, Filipe e eu fomos para a casa da Silvana e tomamos banho lá. Solicitamos comida a um restaurante e fizemos nosso jantar na casa de minha querida amiga, regados a uma boa conversa e vinho. 


Foi um dia muito especial ao lado de pessoas muito queridas... valeu turminha!

Gastos: Total R$ 113,10 por pessoa
Lanche - Pães R$ 10,00 / Frios R$ 12,00 - R$ 4,40 por pessoa
Café - R$ 12,50 / R$ 2,50 por pessoa
Refri - R$ 6,00 - R$ 1,20 por pessoa
Entrada cachoeira - R$ 5,00 por pessoa
Pousada - R$ 60,00 por pessoa
Jantar (comida) - R$ 140,00 - R$ 28,00 por pessoa
Supermercado (bebidas) - R$ 68,86 / 12,00 por pessoa



Para baixar no wikiloc: 17544967



Fonte
http://www.sombrasdarealidade.com.br/peabiru/peabiru.htm

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