segunda-feira, 1 de maio de 2017

CIRCUITO LAGAMAR - DIA 3 - 01/05/2017

Nossa noite foi mais tranquila que a anterior! Havia silêncio e uma cama bem confortável. Acordamos às 06h00 e começamos a organizar tudo, antes do café da manhã. 


Fui conferir o clima e já imaginei que teríamos um dia quente pela frente.  



Meu marido tem uma bike full. Em viagens anteriores, tentamos usar o suporte da linha Thulle mas, como o alforge não é da mesma marca, não deu muito certo. Por isso, ele teve uma ideia... comprou um suporte que prende na blocagem da roda e mandou um serralheiro confeccionar esta peça que prende no parafuso do amortecedor. Pensa numa 'gambiarra' que deu certo! Acho que vou patentear... 


Às 07h00 o café da manhã foi liberado... e que café! Comemos super bem. Tinha pão de queijo, frutas variadas, doces, bolo, pão, frios, etc. Aproveitamos para preparar um lanchinho para comer no caminho.


Aproveitei também para carimbar os passaportes antes de partir! 


Gostamos muito do hotel! É credenciado pelo circuito e tem um bom custo x benefício!


A minha querida amiga Silvana foi nos encontrar e atravessou a balsa pedalando com agente. 


Antes de ir para  a Ilha, fizemos umas fotos pela cidade. 



Uma curiosidade interessante é que Cananéia, com 485 anos de fundação, pode ter sido a primeira cidade do Brasil. Por alguns, é considerada 5 meses mais antiga que São Vicente. No entanto, por falta de documentação, São Vicente tem o título. Seu centro histórico ainda preserva os estilos arquitetônicos adotado pelas primeiras casas desde o período colonial até o final do século XIX. Hoje, as principais fontes de renda da cidade são a pesca e o turismo. 




Antes de partir, registramos a foto na última placa diretório - Trecho 5 Cananéia a Ilha Comprida. 



Quando chegamos, a Balsa já estava atracada. Por isso, não perdemos muito tempo na cidade. 




Amo a vista de Cananéia, a partir da balsa!




Comentei no primeiro post que guardaria um segredo até o momento certo...

Durante a travessia, chamo Alemão e Mari para discutir sobre um percurso alternativo que poderíamos procurar, chamado Trilha das Trincheiras.


Há uns 5 anos, havia pedalado nesta região e gostei do que vi. Sugiro a eles passarmos pela trilha e começarmos o pedal no extremo sul da ilha. O único risco que via era não encontrar a trilha e daí, neste caso, talvez perdêssemos uns 3 ou 5 km, e uns 30 minutos indo e voltando. Mas, se achássemos, garanti a eles que não iriam se arrepender! A resposta não poderia ser melhor: Fechado, vamos procurar a trilha! 

Bom... saindo da balsa, pedi informações a um morador da Ilha. Muito atencioso, nos explicou em detalhes como chegar lá. Mas, não tem muito segredo... saindo da balsa, basta entrar na primeira rua a direita e seguir pela estradinha.



Minha querida amiga Silvana foi conosco até a entrada da trilha e depois nos despedimos. 


Até breve, minha querida amiga... foi muito bom te ver novamente!


Seguimos desbravando o caminho, sem saber ao certo o que nos aguardava. 



Em dado momento, vimos uma placa que indicava que estávamos no caminho certo! (plaquinha azul)



A estrada é bem arborizada. Em alguns momentos, abria clareiras e conseguíamos ver o mar.  


Passamos por uma pequena ponte e me recordei ter passado ali no passado... estávamos na direção certa!




A estrada vai afunilando para uma trilha, muito bonita!




De repente, chegamos em uma casa. Alguns cachorros começaram a latir e vieram em nossa direção. Descemos das bikes e aguardamos o dono vir até nós. Pedi desculpas e disse a ele que procurávamos a Trilha das Trincheiras. Ele nos acalmou dizendo que estávamos na direção certa! Ainda comentou que, caso quiséssemos voltar ali, o local é um camping e oferece porções. É uma pena que não peguei seu contato. Minha querida amiga Mari fez umas fotos da vista para o mar, em frente a casa dele. 



Seguimos por outra trilha, de acordo com suas dicas. O caminho é praticamente plano salvo um único buraco, que nos fez descer da bike e empurrar. 



Pedalamos mais um pouco e, de repente, vimos uma clareira. Paramos todos ali e ficamos observando. 


Para nossa grande surpresa, encontramos o que estávamos procurando: golfinhos! (observe uma pequena mancha escura, no meio da foto abaixo) 


Sim! Haviam muitos golfinhos fazendo piruetas aqui... foi uma grande emoção poder observá-los por um tempo!


Acho que ficamos aqui uns 30 minutos. 


Depois, seguimos em frente. 


A trilha termina num desnível médio. Filipe desceu e fomos passando as bikes para ele. 




Com as bikes na praia, foi nossa vez de descer. 






Todos em seus postos, hora do selfie:


E a foto oficial da: 
TURMA LAGAMAR 2017


Daqui para frente: PARTIU PEDALAR NA PRAIA!


Nesta hora, minha mente ficou agitada... lembrei-me da primeira vez que pedalei na Ilha Comprida, outubro de 2011... foi uma grande emoção!


Em agosto de 2012, trouxe Filipe para experimentar da mesma sensação... ele também ficou estasiado! 


Por fim, no ano passado, fui novamente surpreendida com a atitude emocionada da minha querida amiga paratleta Jéssica Moreira chegando sozinha, em sua handbike, tão perto do mar. 


Hoje era a vez de minha querida amiga Gi! Sua atitude não me surpreendeu em nada... novamente pude observar alguém perdendo as palavras ao viver tudo isso de perto! Ela ficou um tempo em transe e quando conseguiu dizer alguma coisa, me agradeceu. 




É plenamente compreensível! Estar tão perto da criação e sentir todo o amor de Deus, pela humanidade, ao nos dar maravilhosos presentes como este, é também compreender o quão preciosos somos para Ele!



GRATIDÃO!

E num momento completamente introspectivo, com uma amplitude de visão e ausência total de civilização, fomos mergulhados em nossas mais profundas reflexões. Seguimos assim pedalando, meditando e contemplando!






















Para tentar proteger as bikes, carregamos em alguns pontos, onde a água salobra corre para o mar.



Mari estava de tênis e não queria molhar os pés. Por isso, Alemão - o cavalheiro, carregava ela tipo cavalinho. (Muito amor envolvido! <3) 


(Na verdade eu descobri posteriormente que ela ameaçou esconder as coisas de comer e, devido a isso, ele a carregou hehe)

Este trajeto pela trincheira aumentou em 10 km o percurso total... mas, só posso dizer o seguinte: VALEU A PENA! Do meu ponto de vista, foram as imagens mais bonitas do dia! Quando chegamos no local que teríamos saído, caso tivéssemos ido pela rua da balsa, o velocímetro marcava 12 km.


Giselle tentou treinar para pedalar sem as mãos... embora não conseguiu por muito tempo, consegui fotografar um momento bem sucedido. 


Ai Filipe - O Exibicionista, foi mostrar como se faz.


Pedalamos por mais 20 km até nosso próximo destino...









Respeitando o trajeto criado pelo biólogo Wiliam Mendes, seguimos até a Vila Caiçara de Pedrinhas. 






Aqui fomos informados por meio da placa do circuito que estávamos há 35 km do boqueirão de Ilha Comprida e que nos próximos quilômetros não teríamos pontos de apoio e alimentação... mas, nossa preocupação é pequena, afinal, temos a Mari! 

Fomos até o píer para fazer umas fotos do canal entre Iguape e Ilha Comprida. 






Aqui há mercearias e uma estrutura bem bacana de mesas e cadeiras. Compramos um refri e aproveitamos para comer e repor as energias, visto que já passava das 12h00.


Gi reclamou que estava um pouco cansada, por isso, deitou no banco e descansou como pode... logo após, seguimos firmes e fortes para nosso destino final. 



Saindo da vila nos perdemos um pouco... seguimos em frente, conforme a placa localizada no Banheiro Publico de Pedrinhas. Após alguns quilômetros, ao conferir no GPS, descobrimos que devíamos ter entrado a esquerda neste posto de distribuição de água.  


Caminho corrigido, seguimos por uma estradinha bem simpática! Tem bastante sombra, que foi muito bem vinda já que o sol estava forte. 







Após alguns quilômetros, começamos a voltar em direção a praia. Neste momento, pegamos um pouco de vento contra. 





Na sequência, pedalamos na avenida beira mar, que logo passa ser asfaltada. Os últimos quilômetros exigiram bastante de nosso psicológico. Apesar de bonito e plano, o bumbum estava bem dolorido. Acho que a ausência de subidas e descidas, faz com que fiquemos muito tempo sobre o selim. Aí, é hora de tentar mudar o foco e procurar o que é belo... 




Paramos para tomar um sorvete e descansar por alguns minutos. 


E dá-lhe pedal!



Faltando 13 km para o fim do percurso, há uma placa sinalizando a Estrada da Vizinhança. 



Planejamos fazer o percurso exatamente conforme o mapeado. No entanto, estávamos um pouco cansados... me questionei ter que passar por aqui, saindo do asfalto para pedalar em estrada de terra... mas, tivemos uma boa surpresa! Essa estrada, paralela a avenida beira mar, tem uma variedade repleta de vida composta de 4 diferente habitats: floresta alta de restinga, floresta baixa de restinga, brejos e área urbana. A observação de aves é uma das principais atividades praticada aqui. Além disso, é possível identificar algumas pegadas de mamíferos e diversos exemplares da flora. (Filipe comentou ter visto umas pegadas bem grande na estrada... tirei um sarrinho dele. Mas depois, pesquisando melhor, percebi que ele tinha razão para estar surpreso). Seguem algumas fotos que registramos ali. 



Passamos por um trecho de areia, onde Filipe caiu (kkkkk) e fomos obrigados a empurrar. Foi um trecho bem pequeno, creio que em torno de uns 500m no máximo. 




E no final, passamos por um pequeno rally, de uns 100m no máximo. 



Sinceramente, valeu a pena passar na Estrada da Vizinhança!

A estrada termina em uma rua pavimentada e sinalizada. Seguindo em frente, chegamos numa rotatória com uma placa que sinalizava as praias ou o Espaço Plínio Marcos. Como já tínhamos tido uma overdose de praia, decidimos ir direto para o Espaço.  


E olha a alegria da galera ao termino do pedal de 75 km:


Na rodoviária, seguimos direto para o box Turismo, onde Tayco nos aguardava. Ali, recebemos o último carimbo, da Trilha das Trincheiras, e nossos certificados: 







Nosso amigo Alemão providenciou que a conveniência da rodoviária assasse milhares de pães de queijo para todos nós, enquanto guardávamos as bikes nos carros. 

Por fim, chegávamos no fim de mais uma expedição cicloturística que, como muito bem retratada por meu querido amigo Therbio Felipe - editor chefe da revista Bicicleta, é o turismo de experiência, daqueles onde vivemos, sentimos e compartilhamos. Ao voltar pra casa, fica na memória o resultado de uma experiência única que jamais será realizada da mesma forma e conteúdo. Fica a presença e a ausência destas pessoas que admiramos, os quais colaboram conosco em nossa jornada e fazem do cicloturismo em grupo parte essencial do que, com todos os sentimentos mais profundos, chamamos de amizade... 

Seja bem vinda, Giselle Guimarães. 


Gastos - Total por pessoa 37,50
Refri R$ 6,50 - R$ 2,16 por pessoa
Pão de Queijo / Leite nescau - R$ 25,00 - R$ 12,50 por pessoa

Total viagem (alimentação / hotel) - R$ 248,83 por pessoa 
Despesas carro - R$ 110,00 
Total - R$ 607,66 para o casal



Para baixar no wikiloc 17544972


Fonte
http://www.visiteilhacomprida.com.br/portfolio-items/trilha-estrada-da-vizinhanca/


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